quarta-feira, 25 de setembro de 2019

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Imagem de cérebro
Inteligência Emocional: afinal o que é isso.
Inteligencia emocional, afinal o que é isso que tanto as pessoas falam? Um conceito da psicologia amplamente divulgado, principalmente a partir da década de 90 com o lançamento do livro Inteligência Emocional de Daniel Goleman. Confesso que eu a época, fui um dos consumidores brasileiros a adquirir o livro e ajudei a torná-lo um best-seller mundial. Ainda tenho esse livro na minha biblioteca pessoal, já com as páginas amareladas, mas confesso que sem muita consulta.

Enfim, o que é Inteligência Emocional, conforme hoje tão difundido no mercado? Vamos partir do autor mais comentado sobre o assunto que o Goleman, para ele inteligência emocional é:
"...capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos." (Goleman, 1998)
Segundo o autor a inteligência emocional pode ser categorizada em cinco habilidades:
  1. Autoconhecimento emocional - reconhecer as próprias emoções e sentimentos quando eles ocorrem;
  2. Controle emocional - lidar com os próprios sentimentos, adequando-os a cada situação vivida;
  3. Automotivação - dirigir as emoções a serviço de um objetivo ou realização pessoal;
  4. Reconhecimento das emoções em outras pessoas;
  5. Relacionamentos interpessoais - desenvolvimento de competências sociais para se relacionar com outros indivíduos.
Esse conceito em voga desde os anos 90, virou tema de palestras motivacionais e de livros de auto-ajuda. Um mercado que movimenta milhões de dólares ao redor do mundo, explorando pessoas ávidas em aprender essa tal inteligência emocional. São palestras, livros e cursos de imersão cada dia mais lotados, uma verdadeira febre que leva milhares de pessoas a essa corrida desenfreada atrás da pirita da psicologia, o ouro dos tolos do autoconhecimento.

Não há receita mágica quando se trata de emoções e sentimentos. Não existem receitas milagrosas que façam despertar em quem quer que seja essa tão sonhada habilidade emocional.

Quando falamos em inteligência emocional existe uma tríade que não pode ser descartada: SENTIR, PENSAR E AGIR. Apenas quando essa tríade está em perfeita harmonia é que a pessoa pode realmente atender a essa expectativa de alcançar a adequação das suas emoções e isso quer dizer: que a pessoa está agindo conforme sente e pensa, sem conflito. Ou seja, vivenciar suas emoções de forma adequada quando a situação se apresenta: se alegra e se entristece como forma de responder ao estímulo apresentado em um tônus adequado. Digo assim, mesmo correndo o risco de que extrapolar a ideia de que o adequado é uma medida individual, sem parâmetros externos. Ai reside o segundo problema: qual a medida do adequado? Como sei se a medida que eu uso é minha, com a qual me sinta autêntico, ou se é uma medida que os outros entendem e que me faz me sentir adequado não ao que me sinto, mas àquilo que sinto que eu deveria sentir?
Desenho de indivíduo expressando dúvida
A eterna dúvida se eu sei se sei
Resolver essa equação não é tão simples como se propõem nos livros de auto-ajuda, nas palestras motivacionais ou nas formações de coaching. Porque o conflito não reside na consciência e nós não escolhemos as emoções ou sentimentos que irão se manifestar no decorrer do dia, assim como não escolhemos as situações pelas quais iremos passar, nem as pessoas com as quais iremos nos relacionar, muito menos controlaremos as emoções das pessoas com as quais teremos contato.

O que importa mesmo é desenvolver essa tal ESPONTANEIDADE!!!!! Sentir-se seguro em todos os papéis que desenvolve no decorrer do dia, atendendo as expectativas sem deixar de lado sua autenticidade.

Essa busca pela tão sonhada inteligência emocional tem de ser processual, respeitando o seu tempo. Sem a pressa de querer resolver as coisas da noite pro dia.

Enfim, a inteligência emocional é a busca da harmonia entre o Sentir, o Pensar e o Agir.



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